Acupuntura no tratamento da Toxoplasmose
A toxoplasmose pode ser adquirida
pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os oocistos esporulados,
presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes cruas ou mal
passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem
os cistos do protozoário Toxoplasma gondii. A ingestão de leite cru
contendo taquizoítos do parasito, principalmente de cabras, pode ser uma forma
de infecção, mas provavelmente rara, pois a cabra tem de se infectar durante a
lactação para que exista a possibilidade de passagem de taquizoítos para o
leite.
A toxoplasmose pode ser
transmitida de mãe para filho, mas não se transmite de uma pessoa para outra
apesar de que já foi constatado a transmissão por transfusão sanguínea e
transplante de órgãos de pessoas infectadas. Seu diagnóstico é feito levando em
conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue, onde serão pesquisadas
imunoglobulinas como a IgM e IgG.
Toxoplasma gondii
O Toxoplasma gondii é um protozoário parasita intracelular
obrigatório do grupo dos Apicomplexa, como outros parasitas como
o Plasmodium. Há pouca variação entre os
toxoplasmas presentes em diferentes partes do globo, podendo-se dizer que há,
basicamente, três estirpes. A
estirpe 1 é altamente virulenta e responsável pelos casos de encefalite grave
em imunodeprimidos e passagem transplacentária. As estirpes 2 e 3 são
avirulentas. O ciclo do toxoplasma é bastante flexível, posto que todas as suas
formas são infectantes. Assim, ele pode reproduzir-se se as formas excretadas
nas fezes dos gatos forem ingeridas por mamíferos ou outros felídeos por
contaminação de água e alimentos, por exemplo, e também infectar o homem pelo
mesmo modo, que, por sua vez, também pode infectar-se pela ingestão da carne de
mamíferos contendo cistos com bradizoítas. Somente os gatos liberam estruturas
infectantes nas fezes.
Ciclo de Vida
O T.gondii assume
diferentes formas em diferentes estágios do seu ciclo.
O ciclo inicia-se pela ingestão
de cistos presentes em carne (por exemplo, de porco, rato ou coelho), pelos felídeos. A parede do
cisto é dissolvida por enzimas proteolíticas do estômago e intestino delgado, o
parasito é liberado do cisto, penetra nos enterócitos (células da mucosa intestinal) do animal e
replica-se assexuadamente dando origem a várias gerações de Toxoplasma (taquizoítos)
através da reprodução assexuada. Após cinco dias dessa infecção, inicia-se o
processo de reprodução sexuada, em que os merozoítos formados na reprodução
assexuada dão origem aos gametas. Os gâmetas masculino (microgameta) e
feminino (macrogameta), descendentes do mesmo parasita ou de dois diferentes,
fundem-se dando origem ao ovo ou zigoto, que após segregar a parede cística dá
origem ao oocisto. Este é
expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500
milhões de oocistos em cada defecação).
O gato é
o hospedeiro do T.gondii
Já no exterior, sofre
divisão meiótica (esporulação) novamente após alguns dias,
formando-se dois esporocistos cada um com quatro esporozoítos. Uma forma
altamente resistente a desinfectante pode durar cinco anos em condições úmidas.
Estes são ativados em taquizoítos se forem ingeridos por outro animal, chamado
hospedeiro intermediário: por exemplo, um rato ou coelho que coma erva em que algum gato ou
outro felídeo tenha defecado ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos em
material contaminado com fezes e depois leve-os à boca. Os taquizoítos podem se
infectar e replicar em todas as células dos mamíferos, exceto nas hemácias. Uma
vez ligados a uma célula do hospedeiro, o parasito penetra na célula e forma um
vacúolo parasitóforo, dentro do qual se divide. A replicação do parasito
continua até que seu número no interior da célula atinja uma massa crítica que
provoca a ruptura da célula, liberando parasitos que irão infectar outras
células adjacentes. A maior parte dos taquizoítos é eliminada pelas respostas
imunes humoral e celular do hospedeiro. Algumas dessas formas produzem cistos,
contendo muitos bradizoítos, ocorrendo em vários órgãos do hospedeiro, mas
persistem no SNC e nos músculos. A formação de cistos é uma forma de evasão ao
sistema imunológico do hospedeiro. Se o animal for caçado e devorado por um
felídeo, os cistos libertam os parasitas dentro do seu intestino, infectando o
novo hóspede definitivo.
Epidemiologia
Existe em todo o mundo. Mais de
metade da população, mesmo em países desenvolvidos, tem anticorpos específicos contra o
parasita, o que significa que está ou já esteve infectada (o que não significa
que tenha tido a sintomatologia da doença, pode ter tido a infecção
assintomática). O ser humano é infectado após ingerir oocistos expelidos com as fezes por
gatos infectados, ou ao comer carne mal cozida de um animal que tenha ingerido
o parasita de fezes de felídeos (ovelhas, vacas e porcos, tal como os humanos são
infectados). Levando em conta também, que o modo de contaminação mais comum é
ingerindo carne mal cozida e contaminada.
É importante que as mulheres
grávidas façam o exame que detecta se elas são imunes a toxoplasmose.
Progressão e Sintomas
Se infecção se der durante
a gravidez (o que ocorre em 0,5% das
gestações), os parasitas podem atravessar a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a
malformações em um terço dos casos, malformações como hidrocefalia podendo também ocorrer
neuropatias e oftalmopatias na criança como défices neurológicos e cegueira,
mas se a infecção tiver sido antes do início da gravidez não há qualquer
perigo, mesmo que existam cistos .
Os cistos contêm uma forma
infectante do parasito, que é o bradizoíto, e em vez de se reproduzir
rapidamente, formaram antes estruturas derivadas da célula que infectou, forte
e resistente, cheia de liquido e onde o parasita se reproduz lentamente. Os cistos
crescem e podem afetar negativamente as estruturas em que se situam, mais
frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações
neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira, mas geralmente sem efeitos
nefastos. Os cistos permanecem viáveis por muitos anos, mas não se disseminam
devido à imunidade eficaz ganha pelo portador, inclusive contra mais oocitos
que possam ser ingeridos. Se o indivíduo desenvolver ou for medicado para
imunodeficiência, como após transplantes de órgãos, doenças auto-imunes ou
na SIDA/AIDS, as formas ativas podem ser
reativadas a partir dos cistos, dando origem a problemas sérios, com sintomas
como exantemas (pele
vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro
e miocardite, com mortalidade alta.
Diagnóstico
O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos
anticorpos específicos contra o parasita, como as imunoglobulinas IgM,
que só existem nas fases agudas, e IgG que está aumentada na fase crônica da
doença.
Na maioria dos casos não é
necessário tratamento já que o sistema imunitário geralmente resolve o
problema. Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina,pirimetamina e sulfadiazina, para controlar a
multiplicação do Toxoplasma gondii. Clinicamente é difícil fazer o
diagnóstico porque os casos agudos podem levar à morte ou evoluir para a forma
crônica. Esta pode assemelhar a outras doenças (mononucleose, por exemplo).
Prevenção
Gestantes devem evitar o contato com fezes de
gatos, pois estas podem conter oocistos, não ingerir água de origem
desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a
gravidez. No caso dos gatos, lavar as caixas com água e sabão, e trocar a areia
das caixas com frequência, pois as fezes deixadas muito tempo na caixa tem um
poder contaminante maior.
Deve-se sempre usar luvas ou
lavar bem as mãos e passar alcool 70% após manipular a areia. Alimentar os gatos
com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada, não lhes permitir caçar animais
também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada.
3. http://brasil.babycenter.com/a1500685/toxoplasmose-na-gravidez
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