Atenção Profissionais em Acupuntura!!!!!!!!!!!!!
Corporativismo é um sistema
político que atingiu seu ápice na Itália Fascista, em 1922, no qual o poder
legislativo é atribuído a corporações que representam grupos econômicos,
industriais ou profissionais. É um sistema não-democrático, pois não é o povo,
ou os seus representantes, quem detêm o poder.
Infelizmente,
o corporativismo político na área da saúde contaminou algumas entidades médicas
brasileiras, quando criaram uma “Frente Parlamentar da Medicina - FPMed”
composta de representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação
Médica Brasileira, da Federação Brasileira dos Acadêmicos da Medicina, da
Associação Nacional dos Médicos Residentes, e mais três sociedades de classe e
dois sindicatos, transformando-se em um feroz movimento em defesa, preponderantemente,
dos interesses da classe, caracterizando-se por um corporativismo antissocial
cujo lema pode ser entendido como: TUDO NA MEDICINA, NADA CONTRA A MEDICINA, E
NADA FORA DA MEDICINA.
Para
se ter uma ideia desse tendencioso movimento, a Federação Nacional dos Médicos
(FENAM) listou a atual bancada médica no Congresso Nacional composta por 49
deputados e 7 senadores médicos sem contar os governadores, deputados estaduais
e vereadores de diversos municípios. Esse bloco corporativista tem um discurso
em defesa da saúde pública e da dignidade profissional, porém, em verdade, o
objetivo principal é fortalecer o poder e a influência nas decisões da política
brasileira, em detrimento da maioria da nação, composta por milhões de cidadãos
cujas vozes e grandes sofrimentos ninguém ouve, pois, a grande mídia não fala
deles. Esses milhões de cidadãos são invisíveis, são silenciados exatamente por
ignorar as manipulações politicas nas esferas do poder.
Não
é de hoje que as diversas profissões da área da saúde têm confrontado com os
interesses egoístas do mencionado corporativismo médico. Não bastassem as
aleivosias na mídia brasileira, algumas entidades médicas insistem em ignorar a
própria Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que decretou e sancionou o exercício
da medicina no Brasil. A referida lei contem vetos que impedem o exercício
exclusivo de vários procedimentos técnicos na área da saúde por médicos. A
acupuntura é um deles.
Na
Mensagem nº 287, de 10 de julho de 2013 da Presidência da República ao Senado
Federal diz claramente “em particular, o projeto de lei restringe a execução de
punções e drenagens e transforma a prática da ACUPUNTURA em privativa dos
médicos, restringindo as possibilidades de atenção à saúde e contrariando a
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de
Saúde”. Em outras palavras, a
Acupuntura, no Brasil, não pode ser de exclusividade médica por força de Lei!
Insatisfeitos
com a própria legislação do exercício da medicina criada e defendida por eles
mesmos, o referido movimento corporativista caminha na contramão da lei, posto
que revela a ignorância da mesma ao desconsiderar que: ninguém pode alegar o
desconhecimento da lei para agir em desconformidade com a legislação pátria
(art. 3º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro). O
corporativismo médico alimenta a esperança de ver prosperar os seus próprios
interesses em detrimento dos direitos de todos os profissionais da área da
saúde que praticam a Acupuntura.
É
ilegítima a manipulação política que o segmento corporativista vem fazendo no
Congresso Nacional, onde tramita o Projeto de Lei nº 1549/2003, que pretende
disciplinar o exercício profissional de Acupuntura no Brasil. Depois de
tramitar, pasmem, durante 13 anos na Câmara dos Deputados, o referido Projeto
de Lei encontra-se, no momento, na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) para ser relatado. Acontece
que o relator é um deputado médico, Hiran Gonçalves, que já afirmou,
categoricamente, que vai votar contra o legitimo Projeto de Lei pelo fato de se
“contrapor a especialidade médica da Acupuntura”.
Tal
postura retrata o malfadado corporativismo da bancada médica no Congresso
Nacional em total desprezo pelo que é preconizado pelo Conselho Nacional de
Saúde, pelas Políticas Públicas do Ministério da Saúde e pelas demais entidades
regulamentadas nessa área no pais.
A
democracia brasileira está sendo atropelada por movimentos políticos
autorreferentes e exclusivistas, deixando a população do país à mercê de
interesses que defendem o privilégio de poucos em detrimento ao direito de
muitos. Se nada for feito para
impedir e reverter essa corrida insana pelo poder, todos nós pagaremos um alto
custo social, pois as normas sociais defendidas e criadas pelo corporativismo
de qualquer natureza são arbitrárias, tornando-se um câncer que corrói as
entranhas da sociedade.
A
classe médica, em geral, fica, também, prejudicada com as investidas
antidemocráticas do corporativismo médico, uma vez que essas entidades são
financiadas através das anuidades profissionais, e os mesmos nada recebem em
troca, nem mesmo um auxílio de aposentadoria ou de assistência à saúde.
Destarte, diante de tal absurdo e particularismo de interesses, que endurece os
corações e as mentes de certos parlamentares, o fundamentalismo do mal prospera
e tenta se passar pelo bem comum. Sectarizados e cooptados por entidades
corporativistas, muitos deles se tornam insensíveis tanto ao direito dos outros
quanto às normas e leis estabelecidas no país e, também, àquilo que é preconizado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Seguindo esse princípio, é possível
que certos parlamentares, mordidos pela mosca azul do poder, não percebam que a
vida e o sofrimento do outro passam a não fazer parte do seu universo mental,
contrariando a ética humana e profissional, tão defendida pelo Código de Ética
Médico inspirado no Juramento Hipocrático, o qual todos os médicos juraram
respeitar.
Em qualquer sociedade na qual a
democracia prevaleça; em qualquer atividade laboral na qual a justiça se faça
presente, jamais haverá discriminação ou usurpação de direitos e de conquistas
legitimas. Pelo contrário, haverá respeito a ordem e a proteção daqueles que
querem o bem social
Prof. SOHAKU BASTOS
- Doutor em Acupuntura (UNIMEC) / Acupuncture Doctor (WFAS/WHO)
- Presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Acupuntura e Práticas Integrativas em Saúde (FEBRASA).
- Membro Executivo e Diretor para o Brasil da World Federation of Acupuncture and Moxibustion Societies (WFAS),
em relação oficial com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
- JP/MTB nº 23.657
- Doutor em Acupuntura (UNIMEC) / Acupuncture Doctor (WFAS/WHO)
- Presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Acupuntura e Práticas Integrativas em Saúde (FEBRASA).
- Membro Executivo e Diretor para o Brasil da World Federation of Acupuncture and Moxibustion Societies (WFAS),
em relação oficial com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
- JP/MTB nº 23.657
Fonte: Site Febrasa
NOTA: Que se
manifestem as Escolas de formação e Sindicatos, pois no presente momento, salvo
engano, já existem casos de tentativa de reserva de mercado contra
esteticistas, e outras profissionais, sendo já veiculado o título de
Bio-Esteta!!!!!!!.
Lembrem-se se ficarem
inertes e insensíveis à sua volta, amanhã será tarde...........
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