Síndrome de Münchhausen
Sinais e sintomas
A Síndrome de
Münchhausen é uma doença psiquiátrica em que o paciente, de forma compulsiva,
deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, sem que
haja uma vantagem óbvia para tal atitude que não seja a de obter cuidados
médicos e de enfermagem.
Na Síndrome de
Münchhausen, a pessoa afetada exagera ou cria sintomas nela mesma para ganhar
atenção, tratamento e simpatia. Em alguns casos extremos, pessoas com esta
síndrome estuda a fundo alguma doença para conseguir produzir os sintomas com
maior precisão. Por exemplo, pode injetar na veia um
material infectado, causando uma infecção, enquanto o hipocondríaco
realmente acredita que está doente.
Alguns dos possíveis
sintomas da síndrome de Munchhausen são:
Sintomas se encaixam perfeitamente na descrição clássica da doença relatada, mas a resposta aos tratamentos é instável e ineficiente;
Ânsia de se submeter a diferentes exames e procedimentos;
Histórico médico e pessoal incoerente;
Sintomas se encaixam perfeitamente na descrição clássica da doença relatada, mas a resposta aos tratamentos é instável e ineficiente;
Ânsia de se submeter a diferentes exames e procedimentos;
Histórico médico e pessoal incoerente;
Consultar diferentes
médicos e diferentes hospitais, algumas vezes de várias área;
Profundo conhecimento da doença e dos procedimentos hospitalares;
Recusa em deixar os médicos conversarem com familiares ou amigos.
Profundo conhecimento da doença e dos procedimentos hospitalares;
Recusa em deixar os médicos conversarem com familiares ou amigos.
Transtornos
psicológicos, especialmente os relacionados a carência afetiva, teatralidade e
insegurança.
Origem do nome
O nome deriva de Barão de Münchhausen (Karl
Friedrich Hieronymus Freiherr von Münchhausen, 1720-1797), a quem é atribuída
uma série de contos fantásticos.
Em 1950, o Dr. Richard
Asher (o pai de Jane Asher e Peter
Asher) foi o primeiro em descrever um padrão de auto-dano onde os
indivíduos fabricavam histórias, sinais, e sintomas de doença. Lembrando o Barão de Münchhausen,
Asher nomeou esta condição como Síndrome de Münchhausen.
Originalmente, este termo era usado para desordens fictícias. Porém, agora é
considerada que é um grupo extenso de desordens fictícias, e a diagnose de
Síndrome de Münchhausen é reservada para a forma mais severa onde a simulação
de doença é a atividade central da vida da pessoa afetada. É interessante
observar que, por mais que guarde uma semelhança externa com a hipocondria,
ambas as desordens não se cruzam.
By proxy
O paciente pode causar os sintomas usando drogas,
venenos, material contaminado e medicamentos.
A Síndrome de
Münchhausen "by proxy" (por procuração) ocorre quando um parente,
quase sempre a mãe (85 a 95%), de forma persistentemente ou intermitentemente
produz (fabrica, simula, inventa), de forma intencional, sintomas em seu filho,
fazendo que este seja considerado doente, ou provocando ativamente a doença,
colocando-o em risco e numa situação que requeira investigação e tratamento. Às
vezes existe por parte da mãe o objetivo de obter alguma vantagem para ela, por
exemplo, conseguir atenção do marido para ela ou se afastar de uma casa
conturbada pela violência. Nas formas clássicas, entretanto, a atitude de
simular/produzir a doença não tem nenhum objetivo lógico, parecendo ser uma
necessidade intrínseca ou compulsiva de assumir o papel de doente (no by
self) ou da pessoa que cuida de um doente (by proxy). O
comportamento é considerado como compulsivo, no sentido de que a pessoa é
incapaz de abster-se desse comportamento mesmo quando conhecedora ou advertida
de seus riscos. Apesar de compulsivos, os atos são voluntários, conscientes,
intencionais e premeditados. O comportamento que é voluntário seria utilizado
para se conseguir um objetivo que é involuntário e compulsivo. A doença é
considerada uma grave perturbação da personalidade, de tratamento difícil e
prognóstico reservado. Estes atos são descritos nos tratados de Psiquiatria
como distúrbios factícios.
Induzir a Síndrome de
Münchhausen no filho é uma forma de abuso infantil. Além da forma clássica em
que uma ou mais doenças são simuladas, existem duas outras formas de
Munchausen: as formas toxicológicas e as por asfixia em que o filho é
repetidamente intoxicado com alguma substância (medicamentos, plantas etc) ou
asfixiado até quase a morte.
Frequentemente, quando o
caso é diagnosticado ou suspeitado, descobre-se que havia uma história com anos
de evolução e os eventos, apesar de grosseiros, não foram considerados quanto à
possibilidade de abuso infantil. Quando existem outros filhos, em 42% dos casos
um outro filho também já sofreu o abuso. É importante não confundir simulação
(como a doença simulada para se obter afastamento do trabalho, aposentar-se por
invalidez, receber um seguro ou não se engajar no serviço militar). Alguns
adolescentes apresentam quadro de Munchhausen by self muito
similares aos apresentados por adultos. A doença pode ser considerada uma forma
de abuso infantil e pode haver superposição com outras formas de abuso
infantil. À medida que a criança se torna maior há uma tendência de que ela
passe a participar da fraude e a partir da adolescência se tornarem portadores
da Síndrome de Münchhausen clássica típica em que os sintomas são inventados,
simulados ou produzidos nela mesma. Ao contrário do abuso e violência clássica
contra crianças as mães portadoras da síndrome de Münc'h'hausen
by proxy não são violentas nem negligentes com os filhos. O problema,
descrito a primeira vez por Meadow em 1977, é pouco conhecido pelos médicos e
sua abordagem é complexa e deve envolver o médico e enfermagem, especialistas
na doença simulada, psiquiatras/psicólogos, assistentes sociais e, mais tarde,
advogado e diretor clínico do hospital e profissionais de proteção da criança
agredida (Conselhos Tutelares e juízes da infância).
Diagnóstico diferencial
Tratamento]
Tratamento
psicoterapêutico e médico devem centrar-se no distúrbio psiquiátrico que desencadeou
a síndrome: sejam transtornos do
humor, transtornos de
ansiedade, transtorno
de personalidade limítrofe, ou algum outro. O prognóstico do
paciente depende do transtorno psicológico: depressão e ansiedade, por exemplo,
geralmente respondem bem à antidepressivos e terapia
cognitivo-comportamental, enquanto transtornos de personalidade
podem chegar a levar anos de tratamento psicoterápico, sendo que em tais casos
a medicação se resume a diminuir alguns sintomas.
Casos famosos
William McIlhoy entrou para o Livro Guinness dos Recordes
depois de 400 operações em 100 hospitais diferentes, acumulando US$ 4 milhões
em dívidas no processo. Morreu em um asilo em 1983.
Lacey Spears , envenenou seu filho Garnett com sal de
mesa desde o nascimento . Ele faleceu com 5 anos , devido a níveis elevados de
sódio no sangue. Lacey foi julgada e condenada de vinte e cinco anos de prisão
a prisão perpetua .
Fonte: Wikipedia
Informações, Consultas, Workshop, Vivências, Cursos, Atendimento: mmnaturopatia@gmail.com
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