TIPOS DE CARÁTER – O COLÉRICO
Características: emotivo, ativo, primário. É extrovertido, impulsivo, violento, excitável, com simpatias
muito pronunciadas e sempre à procura de impressões novas. Desejoso de
resultados imediatos; insincero pela tendência que tem para exagerar; muito
loquaz e propenso a falar mais de si do que dos outros e das coisas. Nos
primeiros anos da escola é um aluno turbulento, instável, agitado, atento a
tudo; coleciona os objetos mais variados, é excessivamente rebelde, ofende os
outros, insubordina-se com frequência e com acentuada hostilidade. Não tem
complexos, é muito ousado, e alterna impulsos afetivos com atitudes bruscas e
até rancorosas. Escolhe os seus afetos de modo exclusivo. O ambiente familiar parece-lhe restrito e mesquinho: quer
liberdade e procura independência. O companheirismo é uma das suas
predileções; influi rapidamente sobre o grupo, com a facilidade da sua
palavra. Participa com prazer dos trabalhos de equipe, e o fará com maior
entusiasmo se puder contribuir para as decisões. Mostra-se disposto tanto a
executar um serviço com o maior empenho como a criar dificuldades. É generoso,
compassivo e serviçal, mas só se interessa pelas coisas que aprecia. Sempre
alegre e de bom humor, gosta de fazer piadas que, às vezes, chegam à grosseria.
Tem senso prático e é dotado de capacidade inventiva. É francamente límpido;
não mente para enganar, mas para exagerar, embelezar, e colorir as suas
próprias palavras. É capaz de uma fortíssima concentração quando tem de
enfrentar uma situação inesperada e urgente; nas provas orais, exibe-se de
maneira brilhante. É sensível a tudo o que lhe dizem, à oratória, às aparências.
Tem um comportamento sempre variável, mas sem má-fé. Nenhum colérico é um aluno
excelente. Alcança um nível talvez aceitável, ainda que a maioria das vezes
abaixo do normal. Seu optimismo é total. Possui uma inteligência prática
(estudante medíocre, mas um vivo homem de negócios). Manifesta pouca inclinação
pelos trabalhos escolares abstratos. Sonha com tudo sem nunca se decidir por
nada; tem desejos vagos e dificuldade para escolher. Tende à improvisação e à
precipitação. Sua rapidez intelectual é paralela à sua instabilidade emotiva. Modo de tratar: dar oportunidades ao seu desejo de agir,
através de atividades esportivas. Chega-se a ele pelo coração, e não com
raciocínios lógicos. Uma ordem recebida estimula-o à rebelião e então faz
exatamente o contrário. Dar-lhe sugestões e inspirá-lo a tomar decisões
acertadas. Precisa de alguém com personalidade – professor, pai – que saiba
impor-se para conquistá-lo. Deixar-se-á guiar quando se sentir dominado por uma confiança
viva e firme, sorridente e vibrante. Deve experimentar constantemente a nossa
simpatia, mesmo quando for necessário censurá-lo. Evitar as críticas
humilhantes na presença de outros, não tanto porque ficará marcado, mas porque
não as aceitará e fugirá. Conversar com ele a sós, mostrando-lhe que o que fez
não é digno dele, que vale muito mais do que aquilo que a sua atitude parece
revelar. Nada se conseguirá dele se não lhe forem dados objetivos que
sejam do seu interesse. Respeitar os seus projetos, cultivá-los, precisá-los,
lembrando-lhe que deve dedicar-se totalmente a prepará-los. O resultado então é
duplo: orienta a sua atividade impetuosa e introduz nela constância e
humanidade. Viver com ele a sua vida e os seus interesses; agradar-lhe-á
profundamente esta atenção. Procurar integrá-lo o mais possível no ambiente
escolar. É necessário preparar-lhe alguns sucessos que o encorajem.
Ajudá-lo a superar-se, confrontando-se consigo mesmo. Estar atentos à
facilidade com que faz amizades: a sua conduta depende da companhia que tem.
Necessitaria de um bom amigo que o tratasse com tacto. Escolher para ele
atividades em que as dificuldades não sejam senão obstáculos que a sua
vivacidade ultrapassará. Substituirá assim as suas reações por uma ação
positiva e ponderada. Deve-se fazer com que ganhe consciência da sua capacidade
de concentração, para que possa reagir de maneira ponderada e não impulsiva a
um fato imprevisto. Organizar com cuidado o seu trabalho escolar, para o qual
necessita de certa disciplina; e renovar-lhe constantemente os objetivos em
que deve empenhar-se. Concentrar, ativar e vivificar o estudo (tão necessário
quanto no caso dos nervosos). É útil o método empírico. Fixar com ele a
finalidade geral dos seus objetivos e do seu trabalho, e a seguir documentá-lo
com informações e leituras que tornem concreto o seu caminho. Dar às suas
coisas um tom de poesia e de aventura, sublinhar as pequenas vitórias escolares
e pessoais, mostrar-lhe que avança dia após dia ao encontro de um futuro que
ele mesmo escolheu: tudo isto é disciplina da imaginação. Obrigá-lo, quando
trabalha, a agir com reflexão e cuidando dos detalhes: tem a tendência ao “mais
ou menos”. Infundir-lhe calma e confiança. Na educação, evitar que permaneça
isolado ou na ignorância a respeito de si próprio. Procurar fazer com que seja
consciente do seu modo de ser. “Conhecer o temperamento dos filhos” (Anna Maria Costa, in “Conheça seu filho”, 3ª edição,
Quadrante, São Paulo, 1995″)
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