TIPOS DE CARÁTER – O SANGUÍNEO
O
Sanguíneo
Características:
não-emotivo, ativo, primário.
É um
caráter extrovertido, que logo se dá a conhecer. Manifesta grande atenção e
interesse pelo atual e pelo que lhe está próximo, e tende ao concreto. Assimila
facilmente a educação que recebe: na escola, está entre os melhores alunos, se
for convenientemente acompanhado; e quando devidamente orientado, pode
transformar em qualidades muito positivas tendências quase indiferentes à
primeira vista. Tem uma certa pobreza interior, de que procede a sua
curiosidade; manifesta uma vida moral débil pois não tem forças para dizer
“não” a uma tentação. Pode cometer pequenas má-criações e furtos, mente com
facilidade e mostra-se insensível quando é apanhado em flagrante. Tem uma
vida religiosa fraca: pratica exteriormente, mas “dentro” não tem nada. Para
ele, “qualquer sacrifício requer demasiada renúncia”; é manso, independente nos
juízos, gosta de discutir e tem opinião a respeito de tudo. Costuma ter uma
inteligência superior à média e de tipo sintético. Gosta das visões panorâmicas
e de tudo o que é positivo e objetivo (terá sucesso nas ciências); é atraído
pelas novidades, interessa-se por tudo, mas o seu interesse diminui com as
primeiras dificuldades; tem uma vontade medíocre. Geralmente
é afetuoso, mas egoísta: gosta das pessoas pelo que elas lhe proporcionam, e
não pelo que são. Quando briga, reconcilia-se facilmente. É oportunista,
versátil e diplomático: “É melhor não quebrar a cabeça e tomar as pessoas e as
coisas como elas são”. É muito permeável à influência dos outros. Hábil e
cortês, tem presença de espírito e sai-se bem nas dificuldades, por exemplo em
viagens, “caronas”, etc. Gosta de esporte. Tem senso de pontualidade e um
instinto inato de orientação. Persegue fins imediatos; grande trabalhador, mas
com tendência para a mediocridade, não porque seja preguiçoso, mas porque passa
de uma coisa para outra com toda a facilidade. Atravessa a puberdade sem
grandes conflitos, mas apenas com a natural curiosidade. No estudo, corre o
risco de vir a fazer “corpo mole” e de procurar diplomas fáceis; tende a buscar
trabalhos de tipo administrativo. Modo de
tratar: conter e orientar-lhe a curiosidade, que no seu caso é alavanca
excelente para sucessos futuros. Encorajá-lo para que a confiança que tem em si
mesmo e nos seus propósitos o levem a realizar metas ambiciosas. Transformar a
sua bondade um pouco exterior em bondade interior e profunda; torná-lo
generoso. Solicitar-lhe a inteligência; submetê-lo a um esforço que seja
contínuo, propondo-lhe objetivos concretos e constantes. Estimular
nele uma autêntica sensibilidade e ajudá-lo a combater gradualmente as reações
primárias e a ausência de emotividade. Necessita de uma integração profunda no
ambiente familiar; uma cálida intimidade ajuda-o a crescer na afetividade.
Necessita de um ambiente firme e ordenado, de uma disciplina vigilante, mas
discreta; é conveniente seguir o seu trabalho escolar, observar como o executa,
pedir-lhe e comentar com ele as notas, criticá-las sem amargura, mas com
clareza; exigir-lhe mais aplicação, fixando metas e prazos para a sua consecução. Para
combater a sua tendência à ausência de emotividade, inculcar-lhe simpatia pelos
seres vivos. Habituá-lo a contemplar a natureza; fazer-lhe notar a beleza de
uma paisagem, fazer com que descubra o mundo dos contos, das histórias e das
fábulas, das canções, etc. O
trabalho e a intervenção da mãe são decisivos nestes casos. Ela pode suscitar
nele o interesse pelo trabalho e pela atividade em geral, e desenvolver-lhe a
sensibilidade. Não é bom que ignore a dor e o sofrimento dos outros, que
normalmente o deixariam indiferente. Pode ser eficaz fazer-lhe notar a
suavidade da mãe, a boa vontade do pai, o afeto dos irmãos, mediante conversas
simples, em tom de confidência, em que se lhe descubram horizontes mais amplos.
Dominar-lhe a curiosidade, concentrando-a em interesses estáveis e concretos.
Transformar a sua leviandade em autêntico otimismo; fazê-lo notar, caso por
caso, os seus desleixos, e revelar-lhe a verdadeira causa dos seus insucessos e
da sua “pouca sorte”. Sublinhar, exemplificando com o caso de outras pessoas,
os frutos e a satisfação que se seguem a um esforço constante. Na educação
moral, propor-lhe um ideal que o atraia. Encarregá-lo de um trabalho, se
possível com alguns dias de antecedência.
“Conhecer
o temperamento dos filhos”
(Anna Maria
Costa, in “Conheça seu filho”, 3ª edição, Quadrante, São Paulo, 1995″)
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